Com expoentes do rock mundial, Dire Straits Legacy revisita obra de Mark Knopfler

Grupo se apresentou no Teatro Positivo

Com um time de experientes músicos do cenário do rock ‘n’ roll internacional, o Dire Straits Legacy desembarcou em Curitiba no dia 03 de abril para realizar show com clássicos da banda que foi liderada por Mark Knopfler, no Teatro Positivo.

Nesta turnê mantiveram-se na formação Alan Clark (tecladista do Dire Straits entre 1982 até o fim do grupo), o guitarrista Phil Palmer que tocou no Dire Straits na época de “On Every Street”, Mel Collins que gravou o álbum ao vivo “Alchemy” e toca no King Crimson, o tecladista Primiano Di Biase e o vocalista Marco Caviglia, um dos organizadores do projeto.

Nesta edição de 2019, ingressaram Jack Sonni (guitarrista base em Brothers In Arms), Trevor Horn, que cantou no álbum “Drama” do YES e baterista Steve Ferrone, do Tom Petty e Heartbreakers.

Vale mencionar que Jack Sonni voltou recentemente substituindo o percussionista Danny Cummings, da era “On Every Street” do Dire Straits.

Após situar os currículos dos integrantes da atual formação vale analisar o set list, que abordou boa parte da carreira do Dire Straits entre 1978 e 1991. Como da última vez, eles iniciaram o show com a progressiva “Private Invastigations”, do álbum “Love Over Gold”, que foi acompanhada por um público atento.

Em seguida o tradicional rock ‘n’ roll “Solid Rock”, do álbum Making Movies. Esta era uma canção que sustentava expectativa por ser um dos melhores lados B do grupo.

No decorrer, o ritmo continuou rápido com o hit “Walk Of Life”, de “Brothers In Arms”. Só foi uma pena observar as pessoas acompanhando as canções, sentadas em suas poltronas. Não combinou muito, o que chegou a inibir e desanimar um pouco o grupo em certos momentos.

E o desfile de clássicos continuou com “Romeu And Juliet”, “Tunnel Of Love” (grande momento pop progressivo do show), “Telegraph Road”, “Down To The Waterline”, “Your Latest Trick”, a esperada “Sultans Of Swing” por razões óbvias, e a interpretação de “Owner Of Lonely Heart”, do YES, devido a presença de Trevor Horn.

Houve até momento para execução de uma nova canção do Dire Straits Legacy. “Jesus Street” , que foi lançada em 2017. A música serviu para demonstrar que o grupo vive uma fase além Mark Knopfler.

Infelizmente tardiamente o vocalista Marco Caviglia chamou o público para ficar em pé em frente ao palco no momento do Bis. E nas três últimas canções o show realmente esquentou com a balada “Brothers In Arms” e os clássicos do premiado álbum de mesmo nome: “Money For Nothing” e “So far Away”.

É recomendável mencionar que o fã que vai assistir o Dire Straits Legacy como uma homenagem à obra de Mark Knopfler vai curtir e muito. Porém, aqueles que não largam a mania de comparar o cantor atual Marco Caviglia com o original, vão sair do espetáculo com uma pauta grande de críticas e dissabores. Não há como comparar. Mark Knopfler foi figura única no cenário do rock mundial na década de 1980.

Vale dizer que o show não chega a ser de uma banda cover. É de um grupo com alguns membros da formação clássica do Dire Straits e amigos músicos que já estiveram sobre o palco ou no estúdio com grandes nomes como Eric Clapton, George Harrison, Johnny Cash e outros que já foram mencionados nesta resenha.