Ao navegar pela Netflix é possível encontrar um documentário musical muito interessante para os admiradores de rock clássico e, também, às novas gerações que começam a tomar gosto pelo estilo. Trata-se de “The Show Must Go On: The Queen + Adam Lambert Story”.
Intitulado com uma consagrada canção da banda de Freddie Mercury gravada no último álbum de estúdio “Innuendo”, o filme conta com depoimentos do guitarrista Brian May, do baterista Roger Taylor e do cantor Adam Lambert; além dos pais de Adam, Simon Cowell, o ator Rami Malek, que ficou conhecido no papel de Freddie Mercury no premiado filme “Bohemian Rhapsody”, entre outros.
O trabalho também conta com cenas raras de shows e imagens inéditas dos bastidores desde o ano em que Adam se juntou a banda, em 2011, além de imagens do cantor aos 10 anos de idade, sua adolescência e sua trajetória na música desde criança.
O principal mérito do documentário é demonstrar como o Queen conseguiu escalar um cantor revelação sem comprometer sua história e, principalmente, sem arranhar a obra de Freddie Mercury.
O grupo que estava há muito tempo adormecido conseguiu agregar uma legião de fiéis fãs a um público renovado, formado por uma nova geração. Fato visível nos inúmeros shows, que compõem suas atuais turnês, realizadas por todo o mundo.
O processo de revelação de Adam Lambert no reality show “American Idol” até o convite para reviver a obra de Freddie Mercury é exposto no filme. É facilmente perceptível que o processo de entrosamento entre os membros remanescentes do Queen e o cantor foi rápido e os antigos fãs não demonstraram resistência a Adam, percebendo que não se tratava de uma substituição a Freddie Mercury.
O documentário é cuidadoso para expor esta nova fase da banda. Tanto Brian May como Roger Taylor estavam aposentados e não esperavam levar este novo projeto tão longe. Vale a pena conferir este documento. Dá para arriscar que em relação ao conteúdo informativo é mais produtivo que o filme “Bohemian Rhapsody”, que foi de grande importância para arrebatar novos fãs, mas pecou na quantidades de erros, apesar de ser uma cinebiografia e não um documentário.