Autoria: Fernando Tupan\Blog do Tupan
A passagem do poeta, compositor e cantor João Gilberto Tatára, aos 73 anos, ontem, 21 de abril, deixa uma lacuna na cultura curitibano, com o underground curitibano perdendo um dos principais representantes da poesia marginal, forjada na mesa de bar, aos goles de cerveja e de um ritmo intenso, resultado do clima gelado nas gargantas e da insistência ranhenta na forja do pensamento filosófico da terra da garoa.
A música foi a forma encontrada para Tatára difundir seus poemas diferentes e incompreendidos pela geração florescida pelos ideais de Fidel Castro e não na revolução dos anos 60.
Os anos 70, graças ao Teatro Universitário de Curitiba e a amizade com o fenomenal Cabelo (Romano Nunes), fizeram de Tatára um dos principais representantes da cultura paz e amor ou bicho grilo, como muitos preferiram apontar nas rodas de conversas.
Tatára vai encontrar no céu o amigo Cabelo, mas deixou um legado de seis livros e dois álbuns que não podem ser ignorados, onde a palavra e a música encontraram uma sonoridade diferente, lapidando outros representantes da poesia local, com Thadeu Wojciechowski, Sérgio Viralobos, Marcos Prado, Edilson Del Grossi, Ivan Justen, Edson Vulcanis, entre outros.
Na foto: Tatára e Thadeu Wojciechowski